sexta-feira, 29 de março de 2013

Mar


Neste dia frio de primavera dirigimo-nos para o centro de Lisboa, para podermos falar com alguém que responda a estas perguntas propostas pela vida. Perguntaram a uma menina de pouca idade chamada Catarina como se lia o mar. A resposta que ouvimos foi muito longa e a menina de cabelos loiros começou a falar: “ A leitura é liberdade e toda a gente cuja liberdade pensa ter, tem ou terá de ler algures no tempo muitos livros, senhor. Apercebemo-nos por vezes que nem tudo é como pensamos, e só há diversos pensamentos se as pessoas estiverem prontas a discuti-los e a aceitá-los. E todos nós, de alguma maneira ou forma iremos no futuro ler o mar. Sempre soubemos como é suposto lê-lo mas tivemos um simples esquecimento, que com o crescimento, vai ser relembrado por todos nós.” disse a menina muito lentamente, com uma voz suave enquanto nós, olhávamos para a facilidade com que ela dizia todo o que disse até então. A forma como os seus lábios rosa se abriam e fechavam depois de ter dito o que disse. Fez uma pausa para respirar e continuo. “Os livros ensinam-nos a cultura de outros povos e dão nos a conhecer novos estilos de vida, com os seus diferentes títulos, autores, imagens e os tipos diferentes de pontuação. Está no critério de cada um de nós, ser inteligente o suficiente para nos lembrar-mos diariamente que independemente de como estejamos
que temos de ler um livro. Porque um livro é outro mundo, um mundo em que nada nem ninguém nos pode julgar. Estou certa, ou não?” disse a pequena criança que tinha um brilho nos olhos enquanto nos fazia uma pergunta sem resposta alguma possível. “Senhores jornalistas! Como saberiam o que sabem hoje se não tivessem lido um livro? Vivemos a pela das personagens e levamos a sério a vida que eles levam todos os dias. Os outros, adolescentes e crianças, odeiam os livros; Alguns gostam e estou grata por eles. Mas muitos deles ainda se vão aperceber um dia do quanto é bom ler, sei disso e espero não estar errada no que digo.Nunca percebi aquele ódio que eu, sinceramente, não sinto.Eles podem me dizer que os livros não tem importância e que são chatos, coisa que sem dúvida não são. E eu responderia que eles estavam errados e faria de tudo para lhes mudar aquele pensamento errado. Mas todos adoram o mar e a praia, sabem eles que podem ler o mar e quando o fizerem vão se aperceber e vão se arrepender de não ter lido um bom livro. Bom ou mau, com um livro aprendemos sempre algo novo. Apenas de muitos livros lidos, temos uma opinião forte e sólido do que é um bom livro e sabe-lo distinguir um mau livro de um livro que faça chorar a calçada!” Estávamos tão encantados com aquela rapariga! Como é que ela sabia o que sabe? “Mergulhamos no mar, sem receio do que nos possa acontecer, e navegamos em conhecimento e sabedoria. Só os mais corajosos entram na profundeza das águas e os fracos ficam a ver. Os corajosos são os poetas e os românticos, os aventureiros e os dramáticos.” “O que é o mar?” perguntou alguém da minha equipa jornalística, muito alto e rapidamente para que Catarina o conseguisse ouvir e responder á sua pergunta. “O mar é algo não muito bem definido. É água, das águas mais simples e básicas. É muito extenso e azul e nas suas margens tem uma cor branca que será neste caso a espuma. O mar são possibilidades, sonhos, criatividade e imaginação. Por isso, senhores jornalistas, venham aqui até mim! Sim, sim! Mais perto para vos poder dizer aqui mais umas coisinhas! Sejam o mar, e sejam os livros. Vão buscar o vosso barco e viagem! Sejam vocês mesmo e sejam as pessoas que gostariam de ser e não são, porque o medo afeto-vos a cabeça!” acabado de dizer as suas última palavras, Catarina vira costas ao mundo e pega na mão da sua mãe. Eu olhei, ainda antes de ela partir com a sua adorada família, o brilho dos seus olhos, e quem fala assim não é gago!

sábado, 9 de março de 2013

Daddy

Voltei tarde eu sei, mesmo assim voltei. Em março, um mês digno de se escrever. Talvez não escrevi pela falta de tempo ou pela tristeza acumulada. Muito se passou durante janeiro e fevereiro. Lidei com algo muito complicado com a minha família, o que me tornou ainda mais madura do que já me considero. Tenho pouca idade mas já lidei com muito, o que me deu a força para poder continuar com um sorriso na cara. Porque é no nosso pior estado que descobrimos quem realmente somos. As pessoas não me dão espaço, nem tempo. Sou uma pessoa solitária e não mudaria nada em mim. Gostava eu, alguma vez, de poder passar despercebida, ou ser invisível, soubesse eu o futuro. O mau futuro que me esperava, as discussões, os gritos, o choro, o barulho da porta a ser fechada e a ida de alguém importante. Tudo acontece por uma razão e no fim e a cabo tudo acabará bem. Ou a não ser, que só seja na pura das mais puras coisas, chamada morte, que encontraremos a felicidade. Um sentimento tão estranho como quem o sente. Estou habituada a lidar com o mau, mas tenho de me lembrar, que a minha solidão e que a minha mente aberta, um dia, vão poder mudar o mundo de qualquer maneira.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Curvas

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Valoriza o que tens de bom. Não é o teu corpo que te define. O que te define é o que sabes, o que gostas, o que lês, o que vês, as tuas escolhas, no que pensas e o que realizas. Porque temos todos um lado mais negro e agressivo, mas também temos um lado iluminado e cheio de esperança. Valoriza a pessoa que és! Nada é equivalente a um cérebro de  um rapaz/ rapariga inteligente e sábio/a, porque o melhor que tens na vida, é o conhecimento e a sabedoria.. Tudo depende do que tu sabes, e as únicas curvas que alguma vez serão importantes e conhecidas nesta vida, são as do teu cérebro. As tuas ideias, teorias e ideias. Expande-te e abstrai-te. Não vás por maus caminhos, sê a pessoa que és.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Pda

A passagem de ano. Aquela noite deprimente em fico acordada até tarde há espera que algo muda. Faltam poucos dias para um novo começo. "Ano novo, vida nova", gostaria de pensar assim, e penso, mas não o executo. Mas todos sabemos que nunca é bem assim, é apenas o recomeço da monotonia de sempre. Estou perdida num ano como em todos os outros. Gostaria de mudar tantas partes da minha vida, mas acabo com 12 meses de puro medo, e sem resultado algum.O facto de estar a festejar quando na verdade, só me apetece permanecer em casa, meter uns bons álbuns a tocar, aqueles antigos que deixam a minha alma livre e aberta para novas teorias, e falar do sentido da vida quando naquele dia nada me parece fazer o devido sentido.Ou apenas ver um bom filme, que também me vai deixar pensativa... Mas será que só nós sentimos isso? A necessidade de espaço e a necessidade de não querer ver pessoas? Porque as pessoas são todas elas, algo que ainda não descobri. Será que ninguém nos vai libertar a mente?;Será que isto faz parte do crescimento?; Ou será que todos nós precisamos de tempo para por as ideias em ordem?; É por isso que existimos?;  Acredito que tenhamos algo lindo dentro de nós que um dia irá mudar o mundo para um mundo melhor ou simplesmente para um mundo não tão mau como o actual. Com isto, espero que tenhas um bom ano novo. E este texto foi feito com a parceria de uma grande amiga e camarada, Lud V.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Vertigens

Os medos. Temos tantos medos. Temos medo das mudanças e da vida. Do que possa correr mal e o que fazer para mudá-lo. Temos medo de tudo e de todos. Eu pelo menos tenho, medo das pessoas; todas elas más e com intenções maléficas; todas elas fazendo se de pessoas normais e simpáticas, enquanto somos todos anormais e falsos. Nunca descobrimos o lado verdadeiro de uma pessoa, até a termos visto no caos. Como já disse em alguns textos, só conhecemos mesmo uma pessoa quando essa está perante o caos e o desespero. No desespero da vida, com os problemas a que nos encontramos, os quais não têm solução. Mas a única coisa que não tem solução é a morte, porque é ela que acaba com a nossa forma de resolver os nossos problemas. Medo de tudo, de voar, de aprender, de não fazer aquilo ou fazê-lo. A vida é uma aventura onde só são conhecidos os mais bravos e corajosos. Ninguém quer saber de um futebolista enquanto anda por ai um cientista a descobrir curas para as mais variadíssimas doenças. Pelo menos, essa é a minha opinião e será sempre ela que para mim irá contar. Sei que ninguém lê os meus textos. Como se me importasse, são as minhas teorias que um dia terão espaço num cargo importante. Um cargo que agora ninguém quererá saber ou ligar. Estamos todos muito preocupados com a crise, e com a falta de prendas para um aniversário que não é nosso. Estávamos bem por volta dos 2000\2001, mas quem sou eu para falar? Uma criança a falar de crise? Uma criança a falar dos medos? Sabe lá ela falar ou escrever algo sem ajuda. Mas gosta, isso ela gosta, de usar ironia em tudo o que diz. A ignorância e a ironia são as palavras chaves. Quero guerra, não quero a paz! Se a paz me dá estes desgostos, vamos experimentar a revolta e os tiros! Talvez assim alguém aprenda algo. Bandidos, são todos vocês que só pensam no dinheiro e em como sair deste buraco fundo! Não há saída. Emigrar, faz isso e estarás bem! Até um dia, todos os países serem mais nada sem ser cacos de cultura e desespero. Que vergonha e que ódio. Que raiva.Um dia morrerão vocês, seus burros ingratos, que nada fizeram senão construir estradas e destruir a península! Estamos perdidos. Não vos vou mandar votos de um Feliz Natal, porque não o vai ser; nem de um bom ano novo, porque isto vai piorar a cada dia que passa. Está tudo perdido. Os meus sinceros parabéns, mundo, sociedade, governantes.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Desabafos

Hoje acordei com um raiva enorme, e bastantes pensamentos:
Quero mudar o mundo;
Sou muito nova para mudar o mundo?;
Quem sou eu?;
O que é a vida?;
Como não sabia o que pensar ou fazer, foi ver dois filmes. Vi o "Fame" e o "500 days of Summer".
Depois de vê-los, fiquei com mais pensamentos ainda.
Sim, quero mudar o mundo, dar-lhes novos pensamentos, dar-lhes a ver a realidade do mundo em que nos situamos. Sou muita nova. Acho que tenho tempo para pensar no que fazer, construí-lo e esperar aplausos e compreensão. Queremos pensamentos positivos, mas os pensamentos positivos não são reais. Não sei responder ao que é a vida. A vida é um sopro ou uma ilusão. Se calhar é um sonho, talvez.
A vida é apenas um sonho, onde vou conhecendo pessoas que me abandonam e permanecem comigo até ao caos. A vida é apenas uma ilusão onde uma cambada de acontecimentos (tanto bons como maus) se realizam e esperam a minha reação. A vida é um sopro... que leva as palavras, as atitudes, a saudade, o amor, o caos, o medo, o desespero. A vida é um suspiro. Porque que as pessoas só conhecem as pessoas famosas? Quero ser famosa, quero mostrar a tudo o mundo as minhas ideias e teorias! Os outros basta cantarem, produzirem música ou filmes, dedicarem a um ramo artistico e ficam famosos. Porque raio é que falar não é arte? Tentei pintar um quadro, falhei. Tentei desenhar, não consigo. Tentei cantar, não cantei. Aplicar-me na escola, acho que estudo pouco. Algo mudou, porque já não tenho as notas que queria e acho que merecia. Algo se passa e eu não sei bem o que é. Sinto-me confusa. Ainda não sei bem nada. Não sei. Sei que não sei, só isso. Quero uma alma perfeita e quero estar presente na cabeça de todos e de tudo. Quero mudar o mundo. Um dia vou ser presidente. Presidente. Hei de estudar, mudar de país, e ter muitas mais teorias a propor. E alguém irá ler os meus textos e ouvirá as minhas ideias, e vão gostar e concordar. Agora não tenho nada. Tenho apenas uma cara interrogativa e um sentimento de confusão dentro de mim.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Tentar

Achas que alguém consegue algo sem tentar? Achas que as coisas caem do céu? A única coisa que caí do céu é uma amiga da terra, chamada chuva. Se não tentares, nunca saberás o que perdeste... e as pessoas têm bastante medo de arriscar e de tentar, mas temos medo disso porque sabemos que o que vamos fazer é algo importante. Uma mudança em si é importante, uma tentativa para a mudança pode acabar bem ou mal, pode ser uma tentativa falhada ou uma tentativa conseguida, uma vitória. O mundo tem bastante medo de mudanças e de coisas novas, e é por isso que quanto alguém, vindo de um profundo nada, se opõem com uma opinião diferente, com uma ideia diferente, com uma roupa diferente, é julgada. Mas neste período de tempo em que só sofremos e é pouco o amor que recebemos sem o dito sufoco, ninguém quer ser diferente, porque tem medo de não serem aceites na sociedade. Eu não teria medo, eu sou quem sou, defendo o que quero, vesti o que me agrada e faça o que aprecio. As pessoas vão muito com as modas... porque não sabem tentar outra coisa. Não será já isso, medo a mais? Temos de ter medo é da morte e da tortura, porque é isso que um dia nos vai fazer sofrer a nós e aos que nos amam e amamos. Temos de arriscar. Mesmo que depois desse risco, só tenhas feito mal, lembra-te que o mal acaba, e que depois da queda irás estar no topo... se tentares. Porque nada se consegue sem esforço e trabalho. Mas os adultos, palavra que desconheço, já nem trabalhar o fazem. Para que trabalhar se o trabalho que entregamos é sempre satisfaz e nada se consegue com isso, sem ser desemprego, miséria e falta de pão na mesa? E ainda há aqueles que tentam e tentam ao máximo e ás vezes nem ao mínimo chegam, se calhar não se esforçaram o suficiente...; aqueles que não trabalham e conseguem tudo de bom na vida; os que trabalham e têm o que merecem, uma boa vida, um bom emprego, uma mulher ou homem, filhos, uma casa de sonho e ser feliz. Temos todos de tentar, porque ao tentar podemos atingir o nosso objectivo. Se o não atingirmos, temos de voltar a tentar. E se falharmos outra vez, tentamos! Porque é assim que se aprende, com os erros que cometemos ao longo desta caminhada. Um dia, vais ganhar e vais saborear o doce da vitória, porque já sentiste a derrota na tua pele.